
Click bait talvez, mas a verdade é que, na maioria das vezes, se fez sucesso apenas no LinkedIn, sua família ou não viu ou não entendeu. Eu sou do time que acredita que o óbvio precisa ser dito então, por isso, vou explicar porque odeio campanha que repercute só no LinkedIn.
O que quero dizer com isso é que sempre fico emputecida (com o perdão da palavra) quando vejo um post nesta rede com milhares de curtidas e comentários exaltando uma campanha que só conversa com publicitário. Tipo militar para militante, sabe?
Ou porque é uma peça de design que tem um insight foda, ou porque usa termos que só publicitário conhece. Para não falar só da publicidade, tem muita ação de PR que usa uma celebridade sem propósito nenhum só pelo hype do nome. O que isso constrói para o público de verdade? Será que o mercado realmente se preocupa com isso?
Para mim, esse é o tipo de pergunta essencial antes de construir ou aprovar uma ideia. Porque uma ideia é sempre só uma ideia quando apenas uma pequena parcela do público a entende. E uma ideia não é só uma ideia quando conversa verdadeiramente com as pessoas, quando toca lá dentro ou mostra uma verdade que ainda estava escondida. Eu gosto mesmo de campanha que repercute mais que fake news no WhatsApp.
Inclusive, poderia ajustar o título deste texto para: odeio campanha que repercute no LinkedIn e em prêmios. Mas tendo a achar que uma parte do mercado tem tentado fazer isso mudar. São muitas as ações reconhecidas que trazem um pezinho no impacto social ou num insight foda que fura a bolha e chega no grupo da sua família. Não sou, aliás, e nem quero ser a pessoa que ama prêmios, mas Cannes está aí e estou doida pra ver quais campanhas que só bombaram no LinkedIn no último ano estarão no palco recebendo leões. Talvez seja inocente dizer, mas a publicidade e o PR precisam de exemplos - e ganhar troféus pode mostrar, nem que seja um pouco, como as coisas podem ser. Porque dá para fazer.